Yes, another discontinuation of my psychiatric treatment // Pois é, mais uma descontinuação de meu tratamento psiquiátrico

Four months ago I wrote a post here about the drug I had started called Tranylcipromine, a monoamine oxidase inhibitor, or iMAO. Even today, after these four months, I could ask the world: Why is this drug so little prescribed? Because I have seen that 90% of what is thought about it is a myth. It is probably the drug with the lowest percentage of side effects that I have ever used, but some factors put me at this complex moment where I decided to stop taking it. Have I improved and am I off the medication? No! Psychiatric treatment is for life, everyone who is "disturbed" knows this well. But the main reason that led me to this need to discontinue medication was financial difficulty. It is very complicated to have available an amount of approximately 60 dollars per month to buy a medication (which is cheap, but strategically comes with only 20 pills per box, and I needed up to 6 pills per day), it was not being possible to afford the treatment anymore and my fear of an abrupt stop was great, so I decided to already start the slow withdrawal while I still have the pills or a prescription for at least another month.

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Of course, this drug, like any other psychiatric drug, is not perfect and I could understand well its negative points in the meantime. The main ones are: Low Libido (like ALL other psychiatric drugs) and apparently a significant drop in testosterone as well. Along with this a possible hair loss, something that seems to be common to Tranylcipromine users, and finally, even at the dose I was on, I did not get a complete improvement/remission of my problems. The anxiety was well controlled, but the depressive state was not. The most complicated thing was really the issue of drug interactions, I found myself at least twice not being able to risk a certain medicine for sinusitis or inflamed back pain for fear of reactions that could be quite serious (just as they could perhaps cause no reaction at all), many things cannot be mixed with an iMAO medicine and this narrows its possibilities for adjunctive treatments for other issues.

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Anyway, regardless of what drug I am withdrawing, the issue will follow, and I will not be able to look for a "better treatment", not only because I am almost done with selective and dual inhibitors, or even parallel options like gabaergics, etc, but because EVERYTHING COST A LOT. There is a high price to pay for treatment, always. The best I can do for now is to resort to benzodiazepines in cases of need and try to make some changes in health habits in my daily life to perhaps balance my mood and well-being better. Of course I have a plan B, which really should be a plan A. I've also talked about Microdoses here at Hive a while ago. LSD was the substance that helped me the most (more than any other drug) when I used it as a microdose, unfortunately getting high quality and reliable material in a land of illegality is neither easy nor very cheap. Unfortunately the brake of any treatment is still financial, and I sincerely hope to totally change this, still this year. For now, cheer for me.

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Thômas Helon Blum

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Há quatro meses atrás eu escrevi um post aqui sobre o medicamento que eu havia iniciado chamado Tranylcipromine, um inibidor de monoamina oxidase, ou iMAO. Ainda hoje, depois desses quatro meses, eu poderia questionar ao mundo: Por que esse medicamento é tão pouco receitado? Por que, comprovei que 90% do que se pensa à respeito dele é mito. É provavelmente o medicamento com menor porcentagem de efeitos colaterais que já utilizei, porém alguns fatores me colocam nesse momento complexo, onde eu decidi parar de toma-lo. Eu melhorei e estou livre de medicamentos? Não! O tratamento psiquiatrico é pra vida toda, todo mundo que é "transtornado" sabe bem disso. Mas o principal motivo que me levou a essa necessidade de descontinuação medicamentosa foi a dificuldade financeira. É muito complicado ter disponível um valor de aproximadamente 60 dólares por mês para comprar um medicamento (que é barato, mas estrategicamente vem apenas com 20 comprimidos por caixa, e eu precisava de até 6 comprimidos por dia), não estava sendo possível bancar o tratamento mais e meu medo de uma parada abrupta era grande, de forma que decidi já iniciar antecipado a retirada lenta enquanto ainda tenho os comprimidos ou receita para mais um mês ao menos.

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Claro, esse medicamento, tal qual qualquer outro psiquiátrico, não é perfeito e eu pude compreender bem os seus pontos negativos nesse meio tempo. Os principais são: Baixa na Libido (como TODOS os outros medicamentos psiquiátricos) e aparentemente uma baixa significativa na testosterona também. Junto a isso uma possível queda de cabelos, algo que parece ser comum aos usuários da Tranylcipromina, e por fim, mesmo na dose que eu estava, não obtive uma melhora/remissão completa de meus problemas. A ansiedade estava bem controlada, mas o estado depressivo não. O mais complicado realmente era a questão das interações medicamentosas, me vi ao menos em dois momentos não podendo arriscar determinado medicamento para sinusite ou dor inflamada nas costas por medo das reações que poderiam ser bastante graves (tal como poderiam talvez não causar reação nenhuma), muitas coisas não podem ser misturadas a um medicamento iMAO e isso vai afunilando suas possibilidades de tratamentos adjuvantes para outras questões.

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De qualquer forma, indiferente do medicamento que estou retirando, a questão seguirá, e eu não poderei procurar um "tratamento melhor", não só por que quase já zerei os inibidores seletivos e duais, ou mesmo opções paralelas como gabaergicos, etc, mas por que TUDO CUSTA MUITO. Tratar-se tem um alto preço, sempre. O melhor que posso fazer por hora é apelar para os benzodiazepínicos em casos de necessidade e buscar fazer algumas transformações de hábitos de saúde em meu dia a dia para quem sabe, equilibrar melhor meu humor e bem-estar. É claro que tenho um plano B, que na verdade deveria ser um plano A. Eu também já falei sobre Microdoses aqui no Hive há um bom tempo. O LSD foi a substância que mais me ajudou (mais que qualquer outro medicamento) quando utilizei-o como microdose, infelizmente conseguir material de alta qualidade e de confiança num terreno da ilegalidade não é nada fácil e nem muito barato. Infelizmente o freio de qualquer tratamento continua sendo financeiro, e eu espero sinceramente mudar totalmente isso, esse ano ainda. Por hora, torçam por mim.

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Thômas Helon Blum