Which generation is more harmful to humanity itself? // Qual geração é mais nociva para a própria humanidade?

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In times of ultra-fast modernity, materialistic existentialism and salt-of-the-earth focus, cradle ignorance and daily alienation, we have very little certainty about what will become of society in a few summers, society seems to accelerate toward precipices every week, and a succession of worldwide occurrences put our stability and resilience in check. When it is not nature testing us, we have our own self-destruction that is governed by our own behavior in sequential mistakes of evolutionary choice. It tears my soul to see the choice of direction that the youth has been taking, but not in a proselytizing way of engagement to the nostalgic past, but by the clear difference between generations. The level of naivety and risk avoidance that one had twenty years ago and that one has now is staggering. Adolescence, even in tiny cities like mine, is governing its wave of values and actions in a way that is clearly intoxicating, be it through habits that are absurd for a developing brain (such as the constant use of high doses of benzodiazepines, or opioids mixed with soda, or the constant use of electronic cigarettes or narguille), or through introspection and ever more acute closure and self-absorption, bringing total insipidity to habits and behaviors, avoiding at all costs confrontations with the real world, and consequently turning them into automaton animals that can barely prepare their own instant noodles. Their only clear ability is virtual reality, and there they go deep and dive into multiple layers (but not always, sometimes even in that they manage to be shallow). I worry blatantly how these young people will create the modern world twenty years from now for example, given that we will live an epidemic of ignorance and brain inconsistency, lack of social traction and basic skills of one's own survival.


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Of course this cannot be generalized, there is no doubt that just like in the past, there will always be the exceptions and the outsiders, but if once upon a time we had a generation overcommitted to the real world (the boomers), now we experience the opposite extreme and we will have a herd of adults who do not know how to wash their own socks much less work towards the growth of the society around them. Maybe salvation will be in the virtual world and in this whole universe of Internet 3.0 that is slowly unfolding in front of me. I have been getting a bit of all this, being in the intermediate phase, being able to flex between the universes and talk to both sides. Could I be exaggerating? Maybe. Maybe the rate of alcoholics in the past was even more and more serious than the opioid addicts of today, maybe the ignorance coming from a precarious education in Brazil that still awakened to the real needs was greater than that offered today by the quantum speed generation and all its chaotic framework of information at your fingertips. Who knows, maybe we will just see a very severe rupture of realities (by the way, this has been happening for quite some time), and maybe it won't necessarily be bad, just different. On the other hand, without malice, I really hope that the old generation leaves this world for another, that it ends once and for all, because it is exactly the old guard who are mainly responsible for a retrograde and ridiculously defeated, decomposed and persistent behavior, like a zombie that refuses to die even after fourteen shots. This old guard that tries to rule the rubble has a great tendency to do more harm than good, and that's probably worse than the new generation that can't make instant noodles.


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Thomas Blum

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Em tempos de modernidade ultra-rápida, existencialismo materialista e foco saltuário, inconsciência vinda de berço e alienação diária, temos muito pouca certeza sobre o que será da sociedade em alguns verões, a sociedade parece acelerar-se em direção a precipícios a cada semana e uma sucessão de ocorrências mundiais colocam em cheque nossa estabilidade e resistência. Quando não é natureza nos ponto a prova, temos nossa auto destruição que é regida pelo próprio comportamento em sequenciais erros de escolha evolutiva. Dilacera-me a alma perceber a escolha de rumo que a juventude vem tomando, mas não de uma forma proselitista de engajamento ao passado nostálgico e sim pela claríssima diferença entre gerações. O nível de ingenuidade e de evitação de riscos que se tinha há vinte anos e o que se tem agora é descomunal. A adolescência mesmo em cidades minúsculas com a minha está regendo sua onda de valores e ações de forma nitidamente intoxicante, seja através de hábitos absurdos para um cérebro em formação (como o uso constante de doses altas de benzodiazepínicos, ou opióides misturados a refrigerante ou o constante uso de cigarro eletrônico ou narguille) ou seja através da introspecção e fechamento e ensimesmamento cada vez mais agudo, trazendo total insipidez aos hábitos e comportamentos, evitando a todo custo confrontações com o mundo real e por consequência convertendo-os em animais autômatos que mal conseguem preparar o próprio macarrão instantâneo. A única habilidade clara é a realidade virtual, e ali aprofundam-se e mergulham em múltiplas camadas (mas nem sempre, as vezes até mesmo nisso conseguem ser rasos). Preocupa-me de forma gritante como irão estes jovens criar o mundo moderno daqui vinte anos por exemplo, dado que viveremos uma epidemia de ignorância e inconsistência cerebral, falta de traquejo social e de habilidades básicas da própria sobreviência.


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É claro que isso não pode ser generalizado, não há dúvidas que tal como no passado, sempre haverão as exceções e os outsiders, mas se num tempo atrás tivemos uma geração comprometida demais com o mundo real (os boomers), agora vivenciamos o extremo oposto e teremos uma manada de adultos que não sabem lavar as próprias meias muito menos trabalhar em prol de um crescimento da sociedade ao seu redor. Talvez a salvação vá estar mesmo no virtual e em todo esse universo da internet 3.0 que se descortina lentamente em minha frente. Eu venho pegando um pouco de tudo isso, estando na fase intermediária, podendo me flexionar entre os universos e conversar com ambos os lados. Posso estar exagerando? Talvez. Quem sabe o índice de alcoolistas do passado era até mais e mais grave do que os viciados em opióides de hoje em dia, quem sabe a ignorância advinda de uma educação precária do Brasil que ainda despertava para as necessidades reais era maior do que a oferecida hoje pela geração da velocidade quântica e todo seu arcabouço caótico de informações na ponta do dedo. Quem sabe apenas veremos uma ruptura muito severa de realidades (aliás, isso já vem acontecendo há bastante tempo), e quem sabe não vá ser necessariamente ruim, apenas diferente. Por outro lado, sem maldades eu torço muito para que a antiga geração parta desse mundo para outro, que acabe de uma vez, por que são exatamente os da velha guarda os responsáveis principais por um comportamento retrógrado e ridiculamente vencido, decomposto e persistente, como um zumbi que se nega a morrer mesmo após quatorze tiros. Essa velha guarda que tenta reger os escombros tem uma grande tendência em fazer mais mal do que bem, e isso provavelmente é pior do que a geração nova que não sabe fazer macarrão instantâneo.


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Thômas Blum



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